O consultor da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Henry Grimbeek estive em Natal falando no encontro da Unale.
As questões ligadas à infraestrutura, segurança e transporte, além dos prazos para a conclusão dos estádios, foram os pontos mais críticos na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e são as principais preocupações para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Essa é a síntese da mesa redonda da XVI Conferência Nacional da Unale que discutiu ontem, no Centro de Convenções.de Natal, os desafios e oportunidades que a Copa do Mundo irá trazer para o Brasil. O consultor da Copa do Mundo de 2010 Henry Grimbeek e o diretor de Infraestrutura da cidade de Pretória Peiter Cloete destacaram as dificuldades nas diferentes fases do projeto, as soluções e os desafio atuais. E o deputado federal Vicente Cândido (SP) fez exposições sobre a Lei Geral da Copa.
Segundo Pieter Cloete, a África do Sul teve que fazer um forte investimento no quesito segurança para poder superar o fato de o país ser taxado como não seguro, a exemplo do que poderá acontecer com o Brasil. Ele destacaque a definição de estratégias de segurança foi fundamental para vencer esse desafio. "A princípio tivemos que planejar, coordenar, ajustar e identificar quem era responsável pelo o quê, num trabalho de alinhamento de responsabilidades, utilizando tudo que fosse disponível para possibilitar segurança. "É importante resolver isso desde cedo porque temos que ter um ambiente seguro para as pessoas que veem ao espetáculo", disse ele.
Como não poderia ser diferente, na África do Sul, os prazos para a conclusão dos estádios foram o item que o país mais sofreu pressão da Fifa, mas ele disse que se houver um esforço excepcional, é possível concluir as obras no prazo de dois anos.
Legado
O Consultor Geral da Copa de 2010, Henry Grimbeek, disse que é preciso planejar o legado. Em Joanesburgo, houve dificuldades com relação ao número de turistas estrangeiros, pois o que a Fifa planejou foi maior do que o previsto. Outro problema foi com os chamados "elefantes brancos", pois construíram grandes estádios para impressionar, mas não tinham times para jogar neles após a Copa e hoje eles são subutilizados.
Pieter Cloete disse que foi um desafio manter os estádios cheios, mas foram feitos acordos com os clubes, "transformamos alguns estádios em centros de atração de eventos e turismo que podem até ser problemáticos, mas não podemos é demoli-los", disse Pieter. Para ele, é importante ter consciência do benefício do estádio para a cidade no período de longo prazo e como ele poderá ser utilizado após a Copa do Mundo. Ele ainda destacou a segurança e as obras de infraestrutura que hoje estão beneficiando a população das cidades que têm no uso da tecnologia um importante componente para fazer a alimentação de transporte.
Pieter disse que é preciso ter em mente que, mesmo diante de tantas dificuldades, os resultados positivos superam em muito os negativos. "No nosso país sempre houve um 'afropessimismo'. E a conclusão que hoje chegamos é que foi muito importante realizar a Copa. Foi um evento seguro, teve uma boa administração e fez com que mudassem a ideia sobre a África. Todos os problemas foram menores quando comparados aos resultados da Copa do Mundo", declarou Pieter Cloete.
Turismo
Para Vicente Cândido, um dos grandes desafios do Brasil com a Copa de 2014, é com o Turismo. "Se não mudarem radicalmente o olhar sobre esta modalidade econômica, receberemos uma declaração de incompetência. Não é concebível que num país como o Brasil, que possui tantas belezas naturais, uma das melhores músicas, gastronomia, tradição em vários esportes e um povo acolhedor, receber apenas 5 milhões de turistas estrangeiros. Esse número está congelado desde 2002. No ano passado, tivemos um déficit na balança comercial de US$ 14 milhões. É inconcebível", declarou o deputado.
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