No dia 12 de dezembro do ano passado, Ricardo da Costa Melo desapareceu. A família registrou o boletim de ocorrência mas, até ontem (2), não havia informações sobre o paradeiro do jovem. Até que a Polícia Civil, através da Delegacia Especializada em Capturas (Decap), efetuou a prisão de Ezequiel Severiano, 20 anos, que confessou o homicídio e relatou o destino que deu ao corpo: a foz do Rio Potengi.
Ezequiel Severiano foi preso no dia 13 de abril deste ano por porte ilegal de arma. Devido ao histórico e informações que a polícia tinha a respeito do crime de 2011, policiais da Decap interrogaram o suspeito e ele confirmou ontem o homicídio de Ricardo da Costa Melo, também conhecido como Paulo Wagner, que ocorreu no dia 12 de dezembro do ano passado. Alegando sofrer ameaças da vítima, Ezequiel afirma que não conhecia o rapaz morto e garante que não há envolvimento com drogas no caso.
O suspeito, de acordo com relatos da Polícia Civil, teria informado que o crime foi motivado por ameaças que Ezequiel supostamente teria recebido. Por isso, o suspeito confirmou que matou Ricardo da Costa com três tiros na cabeça, no bairro do Bom Pastor, Zona Oeste da cidade, e levou a vítima nas costas (o crime aconteceu de madrugada) até a ponte de Igapó. Chegando lá, amarrou as pernas, os braços e o pescoço de Ricardo com pedras utilizadas em meio-fio. Para fazer a desova do corpo, Ezequiel usou uma canoa para entrar no rio e se desfazer do corpo. Ezequiel Severiano afirma que tudo foi feito por ele, sem a participação de outra pessoa.
Nesta manhã, Itep, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros enviaram equipes ao ponto relatado pelo suspeito, que também participou da busca, para tentar resgatar o que restou do corpo de Ricardo da Costa Melo. A busca foi iniciada às 09h30 da manhã com previsão de duração de três horas. De acordo com o Sargento Mendes, responsável do Corpo de Bombeiros pela operação, é improvável que o corpo seja encontrado pois a água costuma acelerar o processo de decomposição, além do movimento das marés nesses oito meses entre a execução e o início da busca pelo corpo.
A Decap acredita que o caso aconteceu com algumas divergências do que conta Ezequiel. A Polícia segue uma linha de investigação na qual o homicídio foi causado por causa de drogas, por constatar que os dois envolvidos eram usuários, sendo a vítima viciada em crack. Policiais da equipe de busca do corpo acreditam até mesmo no fato de que Ricardo da Costa Melo e Ezequiel Severiano usavam drogas juntos e, por um motivo sem grandes relevâncias, a execução foi feita. Também é trabalhada a hipótese de um terceiro envolvido no caso, que teria ajudado Ezequiel a se desfazer do corpo.
*Tribuna do Norte
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